Histórico

No início de 1977, sentindo falta de uma maior união entre os funcionários e para dar presença mais marcante à categoria na PUC/SP começou-se a articular a formação de uma Associação. E em 1º de julho de 1978 nascia a AFAPUC. Diretamente influenciada pela APROPUC.

Em 1977, um grupo de funcionários resolve dar presença mais marcante, pois em decorrência do crescimento natural da Universidade, houve uma dispersão muito grande por parte dos funcionários, para isso um questionário circulou entre os funcionários avaliando a importância da criação de uma Associação.

O primeiro presidente da entidade foi Geraldo Silvério. Na ata da Assembléia de fundação da Associação constam os nomes de 77 funcionários, a mesa diretora dos trabalhos foi eleita por aclamação.

Um dos mais prestigiados presidentes da Associação foi José Cunha Rocha, presidente da AFAPUC por duas vezes, deixando seu segundo mandato incompleto, quando deixou a Universidade. Sua gestão marca uma divisão clara no perfil da entidade. Se até então, ela tinha um caráter onde o privilégio às atividades sociais era marcante, ficando muito próxima a um grêmio, com ele passa a ser muito mais reivindicatória, adotando um perfil sindicalista.

Maria Bernadete Maciel foi presidente da AFAPUC por três vezes, de 1987 a 1993, sua gestão foi marcada por intensas agitações políticas, principalmente por greves sucessivas e pela luta contra a intervenção da Fundação São Paulo na Universidade.

Francisco Cristóvão, o Chicão, foi eleito presidente da AFAPUC em 1996 onde enfrentou um dos momentos mais difíceis da entidade e do próprio movimento sindical brasileiro. Numa época em que a classe trabalhadora estava se reorganizando, as reivindicações salariais deixam de ser prioritárias, abrindo espaço para melhorias nas condições básicas de trabalho. Porém, o padrão salarial dos funcionários e professores em nenhum momento é degradado, pelo contrário, a PUC continua servindo de parâmetro para associações de outras escolas.

Os diversos acordos internos tem consagrado uma série de conquistas que vão além do simples reajuste salarial. Esses acordos superam na maioria das vezes, os acordos firmados entre os sindicatos classistas e patronais.

Anselmo Antonio da Silva, participou no departamento de esporte na gestão de Maria Bernardete sendo, posteriormente, eleito presidente da AFAPUC por duas gestões, entre 1995 e 1998, quando se revelou uma das lideranças mais fortes dos funcionários. As negociações salariais, embora não redundem mais nas greves de longa duração, mostram a força da categoria que, alicerçadas no poder de fogo de sua Associação, consegue aumentos salariais superiores à inflação média do período.

Mudanças do logo AFAPUC ao longo dos anos

A PUC do ponto de vista sindical, passa a representar um paradigma para outras associações que balizam as suas reivindicações pelas da PUC. Além das reivindicações salariais, a AFAPUC, seguindo uma tendência que se revelava no movimento sindical, começa a pleitear benefícios sociais, que conseguem ampliar o nível de vida dos funcionários.

Os trabalhadores da PUC já haviam sido pioneiros na conquista de melhorias de condições de trabalho, desde a licença paternidade até a jornada de quarenta horas semanais.

E, nas gestões presididas por Anselmo, começaram a ser negociadas as cestas básicas, aumento de número de bolsas de estudo para funcionários, amplia-se o auxílio creche e recomeçam as negociações por um Plano de Cargos e Salários.

Dando sequência ao movimento iniciado na gestão de Bernadete Maciel, a AFAPUC, na primeira gestão de Anselmo torna o jornal PUCViva semanal, numa experiência de imprensa universitária e sindical radicalmente diferente das publicações que até então circularam na PUC.

Na gestão da Marta Bispo da Cruz foram dois anos de mobilizações intensas, as maiores batalhas enfrentadas pelos funcionários foram com relação às campanhas salariais, onde a maior preocupação da Associação era a de que a categoria não sofresse nenhum tipo de arrocho salarial. Além das melhorias salariais, houveram muitas discussões sobre a segurança dentro do campus, bem como em melhorias nas condições de trabalho, principalmente no momento em que ocorreram muitas reformas no campus Monte Alegre, quando vários setores administrativos foram transferidos para a garagem do Prédio Novo.

Além da ampliação do número de cestas básicas começou-se a fazer as entregas na residência do associado, facilitando a vida das pessoas que não conseguiam transportá-la da Associação para sua casa.

Porém, nem todas as propostas de gestão puderam ser cumpridas integralmente, pois a ideia de um Plano de Cargos e Salários que contemple as reais aspirações dos trabalhadores da PUC/SP continua a ser um desafio.

Em assembleia realizada em 02 de junho de 2003 foi dada posse à nova diretoria da AFAPUC. Presidida por Anselmo Antonio da Silva, a nova diretoria teve uma expressiva votação onde obteve 92% dos votos depositados em urna, com a presença de mais de 73% dos associados.

A nova diretoria terá entre suas prioridades a garantia da empregabilidade na Universidade e uma rediscussão do Plano de Cargos e Salários, tendo em vista que na gestão anterior após estudos feitos com uma consultoria externa, constatou-se a real necessidade de haver vontade política da administração da Universidade no sentido de revê-lo integralmente a partir dos pontos que são problemáticos. Por esse motivo a partir da gestão de Anselmo Antonio da Silva teve-se o cuidado de criar um Departamento de Cargos e Salários e não mais comissão como existia anteriormente, para que assim consiga melhor equacionar o problema, juntamente com toda a categoria.